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No Dia Mundial do Diabetes, alertamos sobre o pé diabético e a importância do cuidado com a saúde vascular

Novembro é o mês de conscientização do diabetes e, no dia de hoje, é marcada oficialmente a data para falarmos sobre o assunto. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), uma média de 25% dos pacientes diabéticos apresentará, ao menos uma vez na vida, feridas nos membros inferiores decorrentes de complicações desta doença.

A dificuldade de cicatrização de feridas pode ocasionar um quadro chamado de Pé Diabético, pois os pacientes acometidos pela diabetes costumam ter perda da inervação das extremidades, com redução da sensibilidade e alterações da pele com ressecamento e formação de rachaduras, que são potenciais focos de infecção. Outros sinais importantes do desenvolvimento dessa condição são a sensação de formigamento e a deformação dos ossos dos pés, afetando a mobilidade.

O nível elevado de açúcar no sangue também pode ter consequências na circulação sanguínea das pernas, provocando obstruções arteriais, que podem piorar a situação das lesões e levar o paciente ao estágio de necessitar uma amputação de pés e pernas. Não se deve ignorar sinais como dores nas pernas, formigamentos, perda de sensibilidade, feridas que não curam ou sinais de infecção.

Cuidados

É fundamental realizar o autoexame, analisando diariamente os pés e observar se há bolhas, rachaduras e ressecamentos. Inclusive entre os dedos e na parte de baixo dos pés. Recomenda-se, também, evitar colocar os pés de molho, pois podem rachar ou ressecar. Nunca se deve andar descalço, mas também é fundamental o cuidado com um calçado especial que não provoque lesões pelo contato. Não se pode remover calos ou verrugas sem autorização do médico e com profissional habilitado para cuidados com pé de diabéticos. Avaliar frequentemente os pés, analisando se há micoses, escoriações ou úlceras também é essencial, bem como manter a higiene diária com sabão não abrasivo, secando os pés muito bem, inclusive entre os dedos, prevenindo proliferação de fungos e bactérias. Como os diabéticos muitas vezes tem um grau de redução da visão é importante que um familiar também possa estar engajado neste processo de avaliação rotineira e cuidados.

Diagnóstico

Quanto mais precoce e adequado for o tratamento, maiores serão as chances de sucesso e menores os riscos de amputações. Aproximadamente 85% de todos os desfechos desfavoráveis poderiam ser reduzidos com práticas de prevenção, com educação e intervenção precoce no início das complicações.

O acompanhamento com o angiologista e/ou cirurgião vascular é bem importante e deve ser regular, com análise detalhada dos pés do paciente durante a consulta. Médicos associados da SBACV-SC têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional, informação técnica, atualização científica e educação continuada. Para mais informações sobre outras doenças vasculares e para encontrar um médico associado da entidade, acesse aqui.